quinta-feira, 12 de maio de 2011

Debate na Comissão de Direitos Humanos do Senado termina em discussão

Brasília - O debate desta quinta-feira (12/5) em torno do projeto de lei da Câmara dos Deputados que criminaliza a homofobia no país terminou numa discussão entre a senadora Marinor Brito (PSOL-PA) e o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), na Comissão de Direitos Humanos do Senado. Após a retirada do projeto da pauta de votação, enquanto a relatora da proposta, Marta Suplicy (PT-SP), concedia entrevista à imprensa, Bolsonaro exibiu um panfleto contra a ampliação dos direitos dos homossexuais, o que irritou Marinor Brito, que chegou a bater na mão do deputado.

Panfleto distribuido pelo Dep. Bolsonaro
Marinor tentou impedir que Bolsonaro exibisse o panfleto e o chamou de homofóbico. “O senhor é um homofóbico. Pratica homofobia com dinheiro público. Deveria ser cassado”, disse a senadora paraense. Já o deputado alegou que estava, apenas, calado exibindo um folder chamando a atenção para o que ele classificou como um “plano nacional da vergonha”.

O senador Magno Malta (PR-ES) disse que o projeto é inconstitucional. “É um projeto eivado de inconstitucionalidades. Estão tentando criar um império homossexual no país. Se não dá emprego, será punido, se manifestar conta, será punido. O que precisamos é respeitar essas pessoas”, disse Malta.

Afinal, até que ponto o projeto pretende defender a causa gay? Será que ele está indo além dos próprios direitos civis? Ou a resistência a sua aprovação é um apelo dos representantes das bancadas religiosa e conservadora para tentar mostrar que ainda têm força no cenário político? O final dessa história com certeza nos dará uma pista de qual é o atual perfil do nosso Legislativo.

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